Em
tempos de Rio +20
Assisti
esse curta em 1995 e nunca me esqueci.
Difícil não se sentir culpado, difícil não chorar. É pra ser assistido várias vezes, até sangrar a alma. Eu considero que o lixo é o maior problema do
planeta. Aí entra o consumismo e a
falta de bom senso. Quantas vezes tentei
consertar algum aparelho elétrico, como um ferro de passar roupa e descobri que
custaria o dobro do preço de um novo?
Solução? Jogar fora e comprar um
novíssimo, com mil recursos,
baratíssimo, em dez vezes no cartão de crédito. Assim acontece com a TV, o relógio, o fogão, a cama. E os computadores, máquinas fotográficas e
celulares? É alucinante a velocidade do
descarte. Eu, particularmente, que sou
do tempo em que a gente trocava a resistência (uma placa de malacacheta) do ferro
elétrico em casa, resisto demais em
descartar um aparelho que está novo, só quebrou um pedacinho...
E
os alimentos? Morei numa rua com Feira
Livre, que horror! A quantidade de
folhas, frutas e legumes que é deixada no chão é indecente. Aí, chega o segundo momento, os catadores que
pegam o que querem, até que chega o
lixeiro pra levar o resto para o lixão, onde mais uma leva vai buscar alguma coisa.
A
fome e a miséria não são sintomas de superpopulação, são resultado do total
descaso das classes mais favorecidas.
Falta
tudo, falta orientação, falta controle, falta carinho com tudo. O carinho ao se manipular uma fruta vai
conservá-la intacta por muito mais tempo,
bom, mas então não sobraria pro catador...tem gente que pensa assim,
pasmem!
O
filme ILHA DAS FLORES, do diretor Jorge Furtado, de 1989, discute a pobreza,
a fome e principalmente a exclusão social. Passados 23 anos, podemos verificar
que nada mudou...Será que em 2022, durante a Rio +30 vamos poder constatar
coisa diferente?
Citado no filme:
"Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda". (Cecília Meirelles)
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