quarta-feira, 20 de junho de 2012

Rio das Flores





Em tempos de Rio +20

Assisti esse curta em 1995 e nunca me esqueci.  Difícil não se sentir culpado, difícil não chorar.  É pra ser assistido várias vezes,  até sangrar a alma.  Eu considero que o lixo é o maior problema do planeta.   Aí entra o consumismo e a falta de bom senso.  Quantas vezes tentei consertar algum aparelho elétrico, como um ferro de passar roupa e descobri que custaria o dobro do preço de um novo?  Solução?  Jogar fora e comprar um novíssimo, com mil recursos,  baratíssimo, em dez vezes no cartão de crédito.   Assim acontece com a TV,  o relógio, o fogão, a cama.  E os computadores, máquinas fotográficas e celulares?  É alucinante a velocidade do descarte.  Eu, particularmente, que sou do tempo em que a gente trocava a resistência (uma placa de malacacheta) do ferro elétrico em casa,  resisto demais em descartar um aparelho que está novo, só quebrou um pedacinho...

E os alimentos?  Morei numa rua com Feira Livre, que horror!  A quantidade de folhas, frutas e legumes que é deixada no chão é indecente.  Aí, chega o segundo momento, os catadores que pegam o que querem,   até que chega o lixeiro pra levar o resto para o lixão, onde mais uma leva vai buscar alguma coisa. 

A fome e a miséria não são sintomas de superpopulação, são resultado do total descaso das classes mais favorecidas.

Falta tudo, falta orientação, falta controle, falta carinho com tudo.  O carinho ao se manipular uma fruta vai conservá-la intacta por muito mais tempo,  bom, mas então não sobraria pro catador...tem gente que pensa assim, pasmem!

O filme ILHA DAS FLORES,  do diretor Jorge Furtado, de 1989, discute a pobreza, a fome e principalmente a exclusão social. Passados 23 anos, podemos verificar que nada mudou...Será que em 2022, durante a Rio +30 vamos poder constatar coisa diferente?



Citado no filme:
"Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda".  (Cecília Meirelles)

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